Vida Minha...

Para mim, destino é para sempre.

Acredito em Deus.

Acredito em coincidência.

Tenho poucos amigos, mas poucos que valem pelo infinito.

Tenho saudade da minha mãe, o cheiro do creme em seu corpo, do tom de sua voz , do seus olhos, da minha infância e de algumas coisas que não aconteceram.

Tenho um olhar triste, às vezes perdido no infinito mas penso que sou feliz,  tento ser.

Tenho, tenho medo de altura.

Odeio lugares lotados.

Adoro o cheiro da terra molhada, os pingos da chuva, gosto de ver a chuva molhado a janela.

Tenho quatro filhos, e uma cicatriz na alma.

Sou viciada nas minhas meninas, no meu filho,  no meu marido, sou apaixonada pela mão do meu marido, que com seu trabalho nos faz viver , no seu jeito forte e ao mesmo tempo frágil.

Não suporto ficar longe dos meus filhos.

Não sei o que é ter mal humor. Não entendo como uma pessoa pode acordar de mal humor!?

Sou tímida quando perguntam de mim e  muito antipática à primeira impressão.

Gosto de cantar para meus filhos dormirem.

Adoro ouvir música dirigindo.

Odeio sinal vermelho.

Adoro de ler, escrever pra mim mesma.

Não suporto mentira, mas já precisei dela algumas vezes.

Acho falsidade uma coisa abominável.

Não suporto pessoas artificiais.

Não sou muito de falar, gosto mais de pensar, falo quando quero, paro quando dar vontade.

Não suporto quem não me dá atenção. Só dou atenção ao que me interessa.

Escuto sempre, apesar de acharem que nunca escuto.

Não gosto do Natal,  mas comemoro, por meus filhos, afinal quem sabe se um dia também não irão gostar? gosto de samba,  de bossa nova,  gosto de mesa de bar. Para alguns sou boêmia para tantos sei viver. Pra beber, prefiro vodka com qualquer coisa..

Amo livros, filmes, o campo, olhar o mar, lua cheia, céu com estrelas, olhar marte juntinho da lua, e minha cadela Dara porque é pura e sabe amar.

Adoro carinho.

Gosto de dar presentes.

Aparento ser forte, mas sou de cristal por dentro, muitas vezes,  impulsiva.

Não choro fácil, só quando sinto saudade de minha mãe.

Sou honesta e procuro ser sempre justa.

 Sempre quis ter uma casinha de madeira no topo de uma montanha, tenho uma casa linda de tijolo no alto da montanha que um dia sonhei.

Gosto de ficar na varanda da minha casa sentindo o frio bater no meu rosto.

Tomar um bom vinho.

Gosto do barulho das ondas do mar e do vento nas folhas das árvores.

Prefiro frio.

Falo sozinha.

Coleciono momentos inesquecíveis e inexplicáveis.

Já chorei no meio da rua. Já chorei dirigindo. Já me perdi no caminho muitas vezes.

Já falei coisas das quais me arrependi. Já deixei de falar também.

Já quis ser aeromoça, psicóloga e atriz. Mas eu ainda quero Ser. Já quis fugir de casa, já pulei muro, já viajei escondido.

Já fiz muitas loucuras por amor. Já senti muito ódio. Já me decepcionei muito.

Apaixonei-me poucas vezes. Já quebrei osso do corpo.

Não gosto de almoçar sem companhia.

Não tenho medo da morte. Não tenho muita sorte.

Não gosto de cemitérios.

Tenho muitos livros, mas nunca sei qual devo começar a ler, o que ouvir e o que vestir. Gosto de Filosofia.

Adoro viajar, mas, odeio sentir saudade, sinto falta do cheiro da comida de minha mãe, cheiro de jasmim, cheiro de terra molhada.

Não gosto do meu aniversário. Gosto de comemorar os aniversários das outras pessoas. Gosto de sentar em frente ao mar e olhar o vai-e-vem das ondas.

O Sorriso do meu amor, o som da voz dos meus filhos. As risadas de Gabriela. Os cachos dos cabelos de Giulia. O olhar doce e meigo do meu filho Arthur, a fragilidade da minha Sofia.

Tenho várias paixões... meu marido, meus filhos, meus irmãos, meus sobrinhos, meus amigos.

Gostava de brincar no chão,  quando minhas meninas eram pequenininhas.

Amo brincar no chão com meus filhos pequeninos.

Divagar, me dividir, me multiplicar, brigar com o tempo e comigo mesma.

Geralmente, os que me marcam, são exatamente os que me fazem chorar.

Não suporto a Inconstância, volubilidade, leviandade, infidelidade.

Prefiro a Constância, a vigência, o vigor, a  firmeza de ânimo a perseverança a persistência , prefiro ser Eu, tento viver.

Chris Fulgino 22/02/2004, atualizado março 2011